domingo, abril 23, 2006

Um Dia

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase:
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia perceberemos que somos muito importantes para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais...
Enfim... um dia descobrimos que apesar de viver quase 100 anos, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos confortamos com a falta de algumas coisas na nossa vida, ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação...

Mário Quintana


**Lindo esse texto não?
perfeito!
P.S.: Não deixem de votar na nossa enquete e é claro, de deixar seu comentário!
Beijão

domingo, abril 16, 2006

Enquete da Semana: Qual será o nome do nosso livro???

É isso aí amigos e visitantes do "Todo Sentido do Mundo", tá saindo o mais novo livro de autoria minha e de Morganna daqui a algum tempo...
Em homenagem a vocês, decidimos que o nome do nosso livro seria escolhido pelos leitores dos nossos textos e poemas...
As opções são:
1)Amigos Nada Escritores e Suas Crônicas.
2)Mágoas Minhas e Paixões Tuas e Vice-Versa.
3)Além das Palavras Existe o Ponto Final
4)Deu Tilt
*Se quiser dar uma sugestão ou votar, deixa um comentário com sua opnião!
Agradecemos de coração a sua participação!
P.S: É de graça...

sábado, abril 15, 2006

Os porquês da minha vida.

Por que todas as vezes que procuro alguma razão para escrever eu nunca encontro? Tudo o que eu sinto fica preso no fundo de não sei onde. E não sai nada, se arrisco algumas palavras, é inútil. Então é melhor ficar quieta olhando a chuva cair e vendo o tempo passar e apenas me perguntando o porquê da vida insistir de ser assim.

Por que os amigos mais distantes parecem ser os amigos mais verdadeiros? Ultimamente ando me queixando muito dos amigos que convivem comigo diariamente. Pois é, acho que eles não gostam de mim, ou se gostam é muito pouco então decidi dar mais valor aos amigos distantes, tornar-los mais reais. Dar valor a quem nunca na vida me perguntou se eu estava bem é idiotice demais e eu cansei de ser idiota.

Por que gosto da solidão mesmo sofrendo tanto? Sinceramente eu não sei. Talvez essa seja a pergunta mais difícil de obter uma resposta. Nunca descobri quem eu sou, mudo de gostos freqüentemente... Acho as pessoas ridículas demais, ignorantes demais. E eu não suporto isso. Antes só do que mal acompanhada. Deve ser por isso que a solidão me faz bem de vez em quando.

A vida tem dessas coisas que a gente não sabe explicar muito bem, tem dessas perguntas sem respostas... O mundo por ser tão ridículo e ridicularizado acaba tornando-se um saco viver nele, mas mesmo assim eu não quero desistir.


Pois é gnt.. Agora temos um amigo que escreve muito bem, o Thales! Henrique seja bem vindo ao TSdM!!!!! ;****
Valeu sócio!! rsrsrs


Morganna Batista

A Viagem dos Milagres

Dos meus sonhos, retorno assustado; no despertador, quatro horas da manhã. Fico alguns minutos a pensar no que está por vir, sabendo que pela frente terei uma grande viagem a fazer na manhã de hoje. Somente uma coisa me dá forças e motivos para enfrentar essa jornada, ela me estará esperando quando chegar ao meu destino.
Algumas pessoas me chamam de louco, pelo fato de eu amar uma pessoa que nunca vi. O amor não se vê, é sentido. Agora chegou à hora de partir. Meus verdadeiros amigos perguntam-me quando voltarei, pois notaram que em minhas mãos não havia nenhuma bagagem.
A verdade é que eu não tinha hora para voltar, carregava comigo somente anseios de encontrar minha amada. Desejos de ver os olhos que nunca vi, sentir o perfume que nunca senti, beijar os lábios que nunca beijei. Sabia que ela estava a me esperar, ansiosa, pensando no que me falar.
Cheguei à beira da estrada. Esperei o primeiro ônibus, com o mesmo destino que o meu, passar naquele local. Olhei para o horizonte e percebi que aquela estrada não tinha fim. A cada minuto que passava, sentia vontade de chorar. Porém, não seriam lágrimas de infelicidade, e sim um pranto ditoso, pois eu tinha convicção de que essa seria uma viagem inesquecível.

Thales Henrique

sábado, abril 01, 2006

Mais Uma à Noite

Ela entrou no ônibus diferentemente das outras noites. Calada, fria e com um olhar que demonstrava medo, dúvida e acima de tudo, o olhar daquela menina estava triste. Era angustiante.

Sentou em uma das cadeiras vazias e como fazia todas as noites observava as pessoas do outro lado. Aquele velhinho que apreciava a noite sorrindo, andando lentamente arrastado por sua bengala. A vendedora de flores tentando convencer alguém que flores, poesias e paixão são fundamentais para vivermos. O catador de lixo com uma expressão bem mais severa do que daquela menina, procurando entre restos, sua sobrevivência.

Os raios de um luar que continuava a banhar seu rosto fizeram com que a garota observasse pela primeira vez os passageiros de seu ônibus. O silêncio. Inevitável silêncio de pessoas cansadas que acabaram de ter um dia exaustivo e por ser uma sexta-feira, sabiam que na semana seguinte estariam prontos para recomeçar. A garota não tinha tanta certeza assim. O barulho da rádio interrompeu o silêncio e com certeza o sono de alguns passageiros. Levemente ela sorriu.

A vida daquela menina estava muito confusa, o olhar dela dizia tudo. O desespero por estar perdida, a vontade de encontrar alguém que a diga que vale a pena viver, e que os momentos que se sentia tão sozinha, era necessário. É como diz Manuel Bandeira, “ah, como dói viver quando falta a esperança”.

Descendo do ônibus, chegando em casa, a única coisa que queria era poder sonhar. Talvez nos seus sonhos a esperança pudesse voltar a fazer parte de sua vida.